sábado, 13 de agosto de 2011

Após pressão dos sindicatos, patrões aceitam 8% de reajuste para jornalistas e radialistas

A pressão dos sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas foi grande, diante da falta de ter com quem negociar a Convenção Coletiva de Trabalho 2011/2012, já que o sindicato patronal está sem presidência. Mas surtiu efeito.

Após a última rodada de negociações na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), realizada na última quarta-feira 10, o sindicato patronal resolveu aceitar o percentual de 8% de reajuste linear aos salários dos comunicadores, retroativo a 1º de maio, conforme proposta dos sindicatos dos trabalhadores.

"Saímos de uma proposta de 5% inicial para 8%. Então, mesmo sem conseguirmos negociar as demais cláusulas que estavam em discussão, avançamos e mantivemos as demais conquistas na convenção. Então, diante das dificuldades de negociação, da instabilidade de estar sem convenção, foi interessante", avaliou o ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas, George Washington Silva.

Para o presidente do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral, as discussões foram extremamente prejudicadas pela renúncia de Messias Carvalho da presidência do sindicato patronal, mas ao fim, os atos públicos e as cobranças dos sindicatos dos trabalhadores levaram ao fechamento de um acordo positivo para as categorias.

"Entendo que não chegamos onde queríamos, que era nos 9% de reajuste e mais avanços em itens das nossas pautas de reivindicações. Mas avançamos em 1,7% de ganho real sobre o INPC e não recuamos nas cláusulas das nossas convenções. Entretanto, não posso deixar de registrar nossa insatisfação com a situação que foi gerada com a renúncia de Messias Carvalho, que dificultou toda a negociação", afirmou Cabral.

O piso dos jornalistas sergipanos, com o reajuste fechado, passa a R$ 1.103,40, que deve ser pago retroativamente à data-base, 1º de maio. Para Caroline Santos, atual presidente do Sindijor, está longe de ser um piso condizente com a complexidade da profissão de jornalista e que valorize a categoria, mas houve um pequeno avanço.

"Vamos precisar lutar muito mais ao lado dos trabalhadores para que, nas próximas negociações, consigamos avançar no piso dos comunicadores sergipanos. Para além disso, avançar em cláusulas sociais, que os patrões se negam a negociar. Mas fechar a Convenção Coletiva foi, de certa forma, benéfico, porque trará estabilidade para os trabalhadores. Nunca se sabe o que pode vir do lado patronal", destaca a presidente do Sindijor.

Na próxima terça-feira, 16/8, às 19 horas, tem assembleia conjunta dos radialistas e jornalistas, na sede do Sindicato dos Radialistas, na Avenida João Ribeiro, para o fechamento da Campanha Salarial.

Fonte: Ascom Sindijor


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