Deve subir para 11 o número de municípios em emergência

Itabi pode ser próximo a ter decreto homologado O número de municípios sergipanos em situação de emergência deve subir para 11 neste mês. De acordo com a Defesa Civil do Estado, Itabi, a 138 km da capital, aguarda homologação do governo para que circunstância seja decretada. Já se encontram em emergência por estiagem os municípios de Poço Verde, Porto da Folha, Tobias Barreto, Nossa Senhora da Glória, Canindé do São Francisco, Gararu, Frei Paulo, Tomar do Geru e Monte Alegre de Sergipe. A situação em Poço Redondo foi classificada como uma seca. No total, essas localidades somam 65.397 pessoas afetadas. De acordo com o secretário-executivo da Defesa Civil, o major Gilfran Mateus, também entraram em contato com o órgão os municípios de Carira e Nossa Senhora Aparecida, mas ainda não foi feita nenhuma notificação oficial. Caso realmente entrem na lista, o número total de emergências pode chegar a 13. Gilfran afirma que Sergipe não produz atualmente nenhum projeto que pleiteie verbas federais para diminuir o problema. “Tem um programa do Governo Federal que analisa não só Sergipe, mas todo o Nordeste, para fazer um projeto para esse tipo de desastre. Mas é algo preliminar, que está sendo estudado”, informou. “Estamos aguardando um relatório final. Sergipe provavelmente vai fazer um projeto piloto, mas dependemos de uma posição da secretaria nacional”, acrescentou o major. Água e comida Desde o dia 5 de dezembro, ficou a cargo da Defesa Civil e da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) a responsabilidade pela Operação Pipa – que abastece com água as regiões afetadas pela estiagem. Segundo o major Mateus, a entrada da Defesa se deve à saída do Exército. “O Exército trabalha com Medidas Provisórias. Quando elas acabam, ele precisa sair para conseguir outras”, explicou. Em dezembro, o Governo gastou cerca de R$ 600 mil com caminhões-pipa. “Nós completamos os caminhões e estabelecemos roteiros para cada um. Temos um edital que dita as regras. Lá diz que caminhão não pode percorrer mais de três mil quilômetros e o caminhoneiro não pode receber mais do que R$ 10 mil”, disse Mateus. As pessoas beneficiadas recebem 20 litros de água potável por dia. São entregues tíquetes para as comunidades para que possa ser feita a troca com os caminhoneiros.  “A água é para bebeber, cozinhar. O consumo deve ser usado de forma racional”, alertou o major, ressaltando que a operação é fiscalizada por um técnico. Segundo a assessoria de comunicação da Seides, o órgão entrega cestas básicas em duas cidades afetadas pela estiagem. Poço Redondo recebe 1.448 unidade; Poço Verde, 1.398. De acordo com um dos assessores do órgão, o benefício é cedido quando o município o solicita. “As pessoas que recebem essas cestas tem que estar necessariamente no cadastro único de programas sociais do Governo Federal”, adicionou o assessor. Fonte: Infonet