Lixo domina canal (Fotos: Portal Infonet) |
Após ser apontada como responsável pela contaminação da água do canal sob sua responsabilidade no município de Canindé de São Francisco – e que abastece o perímetro irrigado Califórnia –, a Cohidro (Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe) lançou nota em seu site na última segunda-feira, 31, esclarecendo a situação.
Após coordenar uma fiscalização preventiva que contou com dados laboratoriais da Funasa, o promotor Eduardo Matos constatou o problema e enviou documento para o promotor de justiça de Canindé, Fábio Viegas.
A nota da Cohidro afirma que o órgão está ciente da situação e que foi realizada uma audiência pública em setembro deste ano para tratar do assunto. O município de Canindé ficou responsável por realizar no local um estudo topográfico cujos resultados serão apresentados no dia 19 de janeiro de 2012. De acordo com o esclarecimento, o objetivo do canal é servir apenas à irrigação. A contaminação, diz a companhia, seria consequência das cerca de 300 construções irregulares da região.
Responsabilização
Para Eduardo Matos, é importante ressaltar que o canal é antigo, e que de fato foi construído quando a cidade estava num ponto distante. "A cidade avançou sobre ele, houve uma ocupação. Hoje, o canal está realmente desprotegido", explica o promotor.
Obras irregulares contaminam águas |
"Agora, um fato concreto: a água está poluída e as pessoas estão usando. O canal é da Cohidro, então ela tem que tomar uma decisão. Não pode ficar desse jeito", argumenta Matos. O promotor enviou algumas fotos ao Portal Infonet retiradas durante a fiscalização. Em alguns pontos, as construções irregulares estão a cerca de dois metros do canal.
De acordo com Gleice Queiroz, assessora de comunicação da Cohidro, a responsabilidade também cabe ao município de Canindé do São Francisco. "A gente bate na tecla de que a Cohidro não é a culpada. A gente tem que sentar com o município, ver a parte dele. O governo também tem que ter uma participação na solução do problema", comenta.
Para Queiroz, tudo depende da audiência de janeiro e do estudo da área. "O promotor vai decidir quem vai cobrir o quê e o que vai ser feito – mas algo vai ser feito", prometeu a assessora.
fonte:infonet
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