segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CUT/SE realiza ato contra extermínio de jovens negros

(Foto: Ascom)
O desafio de lutar pela igualdade racial no Brasil, deixado pelo eterno líder quilombola Zumbi dos Palmares, é renovado a cada ano na data de 20 de novembro – o dia da Consciência Negra. A partir das 8h30 da manhã da próxima quarta-feira, 20, a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) realiza um manifesto no Calçadão da João Pessoa, em frente à Caixa Econômica, para dialogar com a população sergipana sobre preconceito racial e as formas através da qual ele ainda incide sobre a população negra no Estado de Sergipe e no Brasil.

A presença e o testemunho das entidades sindicais que formam a CUT/SE fazem parte da programação que também contará com o Maracatu do Sintese e com a recitação de Poesias sobre preconceito racial.

Desigualdade na remuneração– As disparidades impostas à população negra no Brasil ganham visibilidade nos atos e manifestos do 20 de novembro. Há poucas semanas, o DIEESE divulgou que os negros representam 48,2% dos trabalhadores nas regiões metropolitanas brasileiras e que a média de seu salário chega a ser 36,1% menor do que a de trabalhadores não negros.

A política de cotas nas universidades públicas aumentou o acesso da população negra ao Ensino Superior, o que implica automaticamente num cenário de melhoria salarial. No entanto, o Dieese informou que entre os trabalhadores com nível superior que atuam na indústria da transformação, a remuneração do trabalhador negro é, em média, aproximadamente R$ 17,39 por hora, enquanto um não negro chega a receber R$ 29,03 por hora. A desigualdade na remuneração se mantém mesmo entre trabalhadores com formação superior.

Extermínio ao Jovem negro – Outro dado alarmante que chegou a ser discutido no Senado nos últimos meses foi o registro do assassinato de quase 35 mil negros no ano de 2010, conforme aponta estudo sobre violência da Faculdade Latino-Americana. A pesquisa que monitora informações da violência no Brasil aponta que de 2001 até 2010, enquanto a morte de jovens brancos no país caia 27,1%, a de negros crescia 35,9%.

Uma investigação mais profunda sobre o assunto talvez desencadeie CPI sobre o assassinato de jovens negros no Brasil. Uma preocupação que neste ano toma o centro das discussões do Novembro Negro, como também é conhecido o mês em que se discute sobre a consciência negra.
Fonte: Assessoria de Comunicação

Nenhum comentário:

Postar um comentário