Professores e professoras que atuam na rede estadual de Sergipe e militantes do SINTESE de diversos municípios sergipanos lotaram o plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe na manhã desta quarta-feira, 07. Eles ocuparam a casa legislativa para pressionar os deputados estaduais a aprovarem o Projeto de Lei que trata do reajuste de 7,97% para todos os níveis da carreira do magistério.
O PL, enviado à casa legislativa pelo executivo estadual, é o resultado das negociações realizadas entre o SINTESE e o governador em exercício Jackson Barreto no final do mês de julho. A deputada estadual Ana Lúcia (PT), que participou da mesa de negociação e sempre esteve ao lado do trabalhador da educação, ocupou a tribuna no grande expediente para reforçar a necessidade de aprovação do projeto de lei.
Ana Lúcia explicou que o PL, elaborado a partir das negociações da categoria com o Governo do Estado, propõe o reajuste de 7,97% para os professores de todos os níveis da carreira. Ela chamou a atenção para o fato de que o novo projeto difere radicalmente do PL enviado pelo executivo no final de 2012, que propôs o reajuste de 6,5% apenas para alguns níveis, o que resultaria na quebra da carreira do magistério de Sergipe.
A deputada defendeu ainda que o reajuste representa a implementação da lei do piso salarial. “Nós não estamos discriminando nenhum colega do serviço público com a negociação de reajuste de 7,97%. Depois de 23 anos de luta para conseguir a regulamentação da Constituição Federal dando direito ao piso salarial, nós, professores, estamos lutando para que esta lei seja respeitada”, argumentou.
O projeto ainda não foi distribuído aos deputados, mas poderá ser lido já na sessão desta quinta-feira, dia 08. A partir daí, passará a tramitar na casa legislativa. A informação é de que os educadores voltem a ocupar as galerias da ALESE nesta quinta-feira, dia 8, a fim de acompanhar os primeiros passos do PL no parlamento estadual.
Escassez ou excesso de professor?
Ana Lúcia aproveitou o espaço da tribuna para retomar a denúncia feita pelo SINTESE em novembro de 2012 de que o custo de cada aluno por ano chegava a 8 mil reais em algumas escolas sergipanas, quando deveria ser pouco mais de 2 mil reais. “Isso indica que existem muitos professores e muitos servidores excedentes em algumas escolas, enquanto que em outras, há um déficit de trabalhadores”.
A respeito disso, ela informou que, durante as negociações, o SINTESE solicitou a constituição de uma equipe paritária formada por professores e secretarias de educação, planejamento, fazenda, procuradoria e controladoria para auditar as folhas de pagamento da categoria.
“O professor não pode sair da atividade fim, que é a sala de aula, o atendimento direto ao estudante, quando acontece o processo de ensino-aprendizagem, para atender um pedido político”, denunciou a parlamentar.
Fonte: Ascom
Nenhum comentário:
Postar um comentário