O Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar retomou nesta
segunda-feira (17) as negociações com os mais de 400 detentos que estão
rebelados desde a manhã de domingo (16), no Presídio Regional Senador Leite
Netas, emNossa Senhora da Glória (SE), distante 126 km de Aracaju.
Segundo informações da Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc), as
negociações foram interrompidas no início da noite de domingo, a pedido dos
rebelados que informaram que as reivindicações só seriam feitas nesta segunda
(17). Apesar da suspensão, policiais do Batalhão de Choque, Companhia de
Polícia de Radipatrulha e COE permaneceram no local durante toda a noite para
garantir a segurança.
Por volta das 5h da manhã desta segunda, houve um princípio de confusão
dentro do presídio e alguns disparos puderam ser ouvidos. Policiais do Choque
se prepararam para entrar, mas os detentos informaram que caso os policiais
disparassem, eles abririam fogo.
O helicóptero do Grupamento Tático Aéreo (GTA), chegou ao presídio por
volta das 7h da manhã desta segunda trazendo o secretário-adjunto da Segurança
Pública, João Batista, o comandante da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes
e o secretário dos Direitos Humanos, Eduardo Oliva, que irão ajudar o responsável
pelas negociações, capitão Henrique Rocha, do Comando de Operações Especiais
(COE).
De acordo com o secretário da Justiça de Sergipe, Benedito Figueiredo,
cerca de 100 presos, dos mais de 400 que estão no local, tentaram fugir no
final da manhã de domingo, mas foram impedidos por agentes prisionais. Houve
troca de tiros, dois agentes e dois policiais militares foram atingidos. Após
serem mantidos reféns pelos detentos, os feridos foram liberados e encaminhados
ao Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), na Zona Oeste de Aracaju, onde foram
atendidos e já tiveram alta médica.
Segundo a polícia, os rebelados destruiram parcialmente algumas
dependências da unidade, conseguiram a chave do local onde são guardadas as
armas, queimaram colchões trocaram tiros com agentes e fizeram familiares
reféns no final da manhã de domingo, no horário da visita.
Familiares dos presos permanecem no interior da unidade prisional. A
polícia não soube precisar quantas pessoas foram feitas reféns. Durante a tarde
de domingo algumas mulheres e crianças também foram libertadas. Não foi
informado precisamente o número de reféns que estão dentro do presídio, que
permanece sem energia elétrica por questões de segurança, já que durante o incêndio
dos colchões a fiação do local foi comprometida.
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