sábado, 11 de setembro de 2010

Sindicatos protocolam pedido de inquérito contra Flávio

Representantes do Sindicato dos Auditores Tributários do Estado de Sergipe (Sindat), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Sindicato dos Jornalistas (Sindijor) e do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) ingressaram requerimento na Delegacia dos Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública, propondo a instauração de inquérito policial para apurar os possíveis delitos penais, cometidos pelo conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Flavio Conceição de Oliveira Neto,  então secretário- chefe da Casa Civil em 2006, o secretário adjunto, Robério Gois dos Santos, e os donos da empresa Marca Comunicação e Eventos Ltda., João Gonçalves Neto, e Carlos Fagner Vieira dos Santos.
 
A decisão dos dirigentes sindicais foi motivada pela compra do governo do Estado, através da Casa Civil, em 2006, de imagens de ações de governo, no período de 1985 a 1994, pelo valor de R$ 1,2 milhão sem licitação. Eles ressaltaram que Robério, que atestou a execução do serviço, prestadas à comissão de sindicância, disse não se lembrar ter recebido as fitas de vídeo.
 
No ofício, encaminhado à delegada Daniela Garcia, os autores se basearam no § 3º, artigo 5º do Código de Processo Penal, que "concede à cidadania o direito de encaminhar notícia crime à polícia, para que seja aberto inquérito policial com o objetivo de apurar a ocorrência de delitos penais, no caso, contra a administração pública. Caso seja comprovada a ocorrência de delitos, como corrupção, peculato e formação de quadrilha, o Ministério Público ingressará em juízo com uma cão penal pública incondicionada, ou seja, obrigatória".
 
Para Antonio Moraes, vice-presidente do Sinpol, "trata-se de mais um gritante caso de desmando com o dinheiro público. Esperamos a apuração exata e que os responsáveis pelos prováveis delitos penais contra a administração pública sejam punidos na forma da lei". "É um absurdo, a  facilidade com que determinados homens públicos, usam das prerrogativas legais para surrupiar o dinheiro do contribuinte", observou o auditor Antônio Carlos Mangueira Tavares, do Sindat.
 
Na avaliação do Sindicato dos Jornalistas, George Wasghinton, "a ação se reveste de uma luta dessas entidades, para que estes desmandos com o dinheiro público não seja empurrado para debaixo do tapete, como ocorre muito no Brasil. Queremos que tudo seja apurado e o colarinho branco se já punido como manda a lei". Para Cristiano Rocha Cabral, vice-presidente da CUT, "é importante que seja apurado com firmeza tudo que foi apresentado à polícia e ao Judiciário." A luta destas instituições sindicais é para que o interesse da sociedade seja preservado e que o dinheiro público seja bem aplicado e não desviado para enriquecer alguns ilicitamente", afirmou. 
 
Fonte: Ascom Sindat

 



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