Fábio Henrique chamou a atenção da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) para um fato que passa despercebido: "o senador está vinculando possíveis emendas indicadas por ele, junto à Comissão Mista do Orçamento (CMO), para o município de Socorro ao voto".
Segundo Fábio Henrique, Almeida Lima cita, em panfleto distribuído em Nossa Senhora do Socorro, onde realizaria um comício na sexta-feira à noite, que destinou recurso para aquisição de "uma caçamba, que nunca veio. Fala também de uma emenda de R$ 3 milhões, que não existe".
Almeida Lima também cita uma outra emenda no valor de R$ 6,1 milhões. Fabio Henrique diz que "essa existe, mas é de autoria de deputado federal Eduardo Amorim, candidato ao Senado pelo PSC, e não dele".
O fato – Na sexta-feira, dez carros de som circularam por Nossa Senhora do Socorro, com uma mensagem do senador Almeida Lima. Cerca de 50 pessoas distribuíam materiais gráficos com informações inverídicas sobre a atuação dele em Socorro e direcionou insultos ao prefeito Fábio Henrique.
"É lamentável que esse tipo de baixaria ainda ocorra, todos têm direito de fazer campanha em Socorro, o que nós lamentamos é a baixaria e agressões. Ao longo dos sete anos e meio de mandato de senador, Almeida Lima nunca colocou uma emenda sequer para Socorro", disse Fábio.
O superintendente municipal de Transportes e Trânsito de Nossa Senhora do Socorro (SMTT), tenente José Toledo, apresentará na próxima segunda-feira, dia 13, às 7h, no auditório do órgão, o relatório com fotografias e imagens do trabalho feito pelos agentes de trânsito na sexta-feira (10), nos preparativos para o comício do senador Almeida Lima - candidato a deputado federal, o qual não aconteceu.
Acusação – Através de meios de comunicação, Almeida Lima acusou a SMTT de Socorro de impedir a realização do seu ato político. Disse que sua equipe de trabalho – cerca de 50 pessoas – recebeu ameaças durante o dia, enquanto panfletava.
Quando preparava o local para iniciar o comício foi impedida por agentes da SMTT, mesmo tendo comunicado com antecedência ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), à Secretaria de Segurança Pública (SSP) e à própria SMTT de Socorro, que iria realizar o evento, dizendo inclusive onde seria o local: conjunto João Alves.
O tenente Toledo rebateu as acusações do senador e informou que disponibilizou toda a estrutura do órgão de trânsito para garantir a realização do comício: "nós estivemos no local no horário combinado e nos colocamos inteiramente à disposição da equipe do senador", disse.
Toledo acrescentou que disponibilizou seis agentes para organizar o trânsito e evitar congestionamentos e garantir a segurança das pessoas: "fechamos a rua, posicionamos a equipe de trânsito e mesmo assim eles resolveram não fazer o comício. Tudo está registrado", informou.
Reação – Segundo revela o senador Almeida Lima, na sexta-feira, por volta das 13 horas, o candidato a deputado estadual e ex-prefeito José Franco (PDT) fora ao local onde sua equipe distribuía panfletos e avisou ao ex-vereador Marcélio Bomfim, ligado a Almeida, que era para o senador não ir a Socorro, porque teria reação: "Franco estava em companhia do advogado Wellington Mangueira", disse.
Almeida Lima, candidato a deputado federal pelo PMDB, comunicou o fato à SSP e teve uma conversa por telefone com o secretário João Eloy, que lhe garantiu segurança e realização do evento. Na condição de senador da Republica, Almeida também enviou ofício ao superintendente da Polícia Federal. O vai repesentar a administração de Nossa Senhora do Socorro e a todos aqueles que ameaçaram e cometeram outros crimes, "inclusive contra a democracia".
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