O Ministério da Educação não anulará a prova do Enem 2011, aplicado em todo o Brasil no último fim de semana. Segundo o assessor especial do ministro, Nunzio Briguglio Filho, "não há motivo para prejudicar os 4 milhões de estudantes que se preparam para a prova em função de um problema localizado".
Segundo Briguglio, a posição do MEC está em consonância com as medidas adotas em outros exames. "É assim que mundialmente é tratado esse tipo de problema".
O Ministro da Educação Fernando Haddad não recebeu a notícia com surpresa. Segundo outros assessores, ao aplicar um prova que requer uma logística de aplicação tão complexa, problemas pontuais são comuns.
O MEC confirma que já foi aberto um inquérito na Polícia Federal para apurar o possível vazamento das 13 questões do Enem 2011.
Outro lado
O procurador da República Oscar Filho, do Ministério Público Federal do Ceará (MPF/CE), disse que a anulação da prova do Enem aos alunos do colégio Christus é 'insustentável e preconceituosa', e que o MEC não pode cancelar a prova a um determinado número de estudantes, pois outras pessoas também podem ter tido acesso as questões vazadas. "O vício está na prova, é a prova que contém questões que foram objetos de vazamento", afirma.
O procurador também defendeu a anulação do exame em todo o país, ou pelo menos a anulação das questões na média de todos os estudantes que fizeram a prova. "O concurso é nacional, mas quando há um problema, eles tratam como se fosse um concurso local", aponta.
No começo da tarde, o procurador enviou documento pedindo a anulação das provas do Enem, por conta do vazamento das questões da prova no simulado do colégio Christus.
Com agências de Notícias
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