quinta-feira, 24 de abril de 2014

CUT/SE realiza encontro para definir 1º de maio

  Lideranças sindicais que constituem a Central Única dos Trabalhadores em Sergipe realizam um encontro para definir o ato do dia 1º de Maio em Aracaju. A atividade será realizada nesta sexta-feira, 25 de abril, a partir das 8h30, no auditório da CUT/SE, localizado na Rua Porto da Folha, bairro Getúlio Vargas.
Os temas centrais que serão levados às ruas neste ano são a instalação do plebiscito para a reforma política e a luta pela instalação da Comissão da Verdade em Sergipe para apurar os crimes da Ditadura Militar.
Os projetos de resolução e de lei que solicitam a instalação da Comissão da Verdade, a retirada dos nomes de ditadores de prédios públicos, e a devolução simbólica dos mandatos de políticos cassados pela Ditadura Militar, todos de autoria da deputada estadual Ana Lúcia (PT), estão engavetados por falta de vontade política em mexer no assunto. Enquanto isso, em todo o Brasil, são desvendados crimes da Ditadura. Diante deste cenário, o movimento social de Sergipe vai às ruas para cobrar o direito à Justiça e à verdade sobre a Ditadura Militar.
A luta pela reforma política também é outra pauta urgente que será priorizada no ato do 1º de Maio em Sergipe, pois a aprovação do plebiscito para a reforma política é um passo essencial para fazer avançar a luta do trabalhador que depende de mais espaço na política e melhor representatividade na defesa de seus interesses. O modelo de campanha política atrelada ao capital, diretamente, limita a participação popular, portanto mais de 160 entidades estão engajadas nesta luta e se aprofundarão no assunto através da plenária nacional, realizada nos dias 16 e 17 de maio, na Praça da República, em São Paulo.
Um dos principais pontos dessa reforma será a proibição de que banqueiros e empresários deem dinheiro para a eleição de presidentes, senadores, deputados, prefeitos, vereadores.
Só essa mudança já faria uma grande diferença. Mas não basta. O sistema político precisa de mais. É preciso maior participação popular, transparência, controle do povo sobre o poder político, melhor uso do dinheiro público, entre outras coisas.
Para discutir o que precisa ser transformado, os movimentos populares estão chamando um plebiscito que vai acontecer entre os dias 1º e 7 de setembro, a Semana da Pátria. A pergunta que será feita às pessoas será: “Você é favorável a uma Assembleia Constituinte e Soberana do Sistema Político?”. Se a maior parte das pessoas disser sim, abre-se o processo. Os organizadores estimam que de 10 milhões a 15 milhões vão participar. Haverá postos de votação em várias cidades.
Com essas assinaturas, a reivindicação chegará ao Congresso. E não serão deputados e senadores comuns que vão compor a Assembleia – por isso é chamada de exclusiva. O povo vai escolher parlamentares que terão a responsabilidade única de elaborar a reforma. Assim que aprovada, a Assembleia vai debater as mudanças, com o povo acompanhando e pressionando.

A diretoria da CUT em Sergipe aposta que este é o único caminho para que os interesses dos grandes empresários, da bancada ruralista e do grande capital não continuem sendo priorizados em detrimento das reformas sociais urgentes e necessárias à maioria dos brasileiros.
CUT-SE

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