Ao menos 59 dos 513 deputados federais que tomaram posse ontem terça-feira em Brasília (1º) chegam à Câmara na condição de réus em ações penais, ou seja, respondem a processos nos quais são acusados de crimes, de acordo com levantamento realizado pelo G1 em 61 tribunais, entre eles o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os deputados estão os sergipanos André Moura (PSC) e Pastor Heleno (PRB).
ANDRÉ MOURA
O deputado André Moura (PSC-SE) é réu na ação penal número 381321, que tramita no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE), por suspeita de crime eleitoral.
O parlamentar foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral estadual da prática de compra de votos nas eleições de 2006.
Segundo o MPE-SE, um veículo foi apreendido pela Polícia Federal (PF) em 29 de setembro de 2006 em frente ao colégio Graccho Cardoso. Dentro dele, a PF encontrou material de campanha do então candidato e R$ 146 mil.
De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe, o dinheiro seria entregue aos eleitores presentes no local.
André Moura chegou a ter o mandato cassado pelo TRE-SE, mas, em liminar, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a decisão do tribunal regional.
PASTOR HELENO
O deputado federal José Heleno da Silva, conhecido como Pastor Heleno (PRB-SE), é réu na ação penal 15233-58.2008.4.01.3600, que tramita na Justiça Federal de Mato Grosso, pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia está relacionada a investigações da Operação Sanguessuga.
Em 2006, a operação da Polícia Federal revelou um esquema de venda de ambulâncias superfaturadas para prefeituras de várias cidades, que ficou conhecido como "máfia das abulâncias".
Segundo informações da 5ª Vara Federal, o processo é uma ação penal, apesar de ter sido cadastrada como "medidas investigatórias sobre organizações criminosas".
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