Entrar no cheque especial é fácil. O difícil é sair da dívida, que vai se arrastando cada vez mais. Muitas vezes as pessoas acabam aderindo a essa alternativa de crédito sem perceber, já que muitos têm limite pré-aprovado para uso na conta corrente.
E essa opção de crédito não é fácil à toa. Os juros estão entre os maiores do mercado e podem chegar a 200% ao ano. Dados divulgados pelo Banco Central nesta semana mostram que os juros dos cheques chegaram a 170,7% em dezembro passado, maior valor em quase dois anos.
Especialistas alertam que a melhor forma para sair das dívidas é organizando o orçamento, fazendo um controle rígido dos gastos e ganhos. As compras por impulso são sempre as mais perigosas. A avaliação é de Angela Nunes Assumpção, economista certificada pelo IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros).
"Antes de consumir sempre se pergunte se está comprando por necessidade ou por desejo. Não se empolgue com as liquidações e ofertas do dia, elas são tentadoras, mas perigosas. Muitas vezes são as pequenas despesas que desequilibram o orçamento, como o cafezinho ou o terceiro chopinho", por exemplo.
Outra dica, do presidente da ABC (Associação Brasileira do Consumidor), Marcelo Segredo, é nunca comprometer mais de 15% da renda para o pagamento de uma dívida. Segundo ele, um comprometimento de 30% ou mais da renda acaba prejudicando a manutenção de alimentação, mensalidades escolares, compras no supermercado.
O consumidor deve procurar o credor e expor sua real condição financeira de pagar a dívida. E então fazer uma proposta para quitar o débito.
O melhor momento para renegociar uma dívida é aquele em que o consumidor consegue antever que não conseguirá honrar seus compromissos no período de 60 a 90 dias. Por isso é recomendável que ele tenha sempre na ponta do lápis um planejamento dos pagamentos de suas dívidas nos 90 dias à frente. Se perceber que não terá condição de fazer os pagamentos, já é hora de procurar o credor.
Fonte:R7
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