quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Municípios serão mobilizados para intensificar ações contra dengue

Ainda neste mês de janeiro, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reunirá prefeitos e secretários de Saúde dos 75 municípios sergipanos para solicitar maior empenho no combate à dengue. Já na primeira semana de fevereiro, a SES irá realizar um novo treinamento para médicos e enfermeiros da Atenção Básica e Hospitalar, para atualizá-los sobre a situação da doença no estado, os riscos de uma epidemia e as condutas profissionais que devem ser adotadas na assistência ao paciente com suspeita de dengue.

Embora Sergipe faça parte da lista dos 16 Estados que apresentam risco muito alto de enfrentar uma epidemia nos próximos meses, conforme divulgou o Ministério da Saúde, o número de casos registrados nas duas primeiras semanas deste mês mostra uma queda em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 21 notificações nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano, contra 36 ocorridas no mesmo período de 2010, ano que foi fechado com um total de 1.800 casos de dengue notificados e 460 confirmados.

Na elaboração da lista, o Ministério da Saúde leva em conta a incidência de casos, a infestação do mosquito transmissor Aedes aegypti, o sorotipo em circulação, o acesso à rede de água e coleta de esgoto e a densidade populacional. Em Sergipe, a exemplo do que ocorre em todo país, circulam os vírus 1, 2 e 3 e há infestação do mosquito em todos os 75 municípios, sendo que cinco deles apresentam alto risco (acima de 3,9% do número de imóveis), 30 estão em médio risco (mais de 1% a 3,9%), 34 oferecem baixo risco de infestação (1%) e seis estão com as informações desatualizadas.

Plano de Contingência

O Plano de Contingência contra a Dengue, considerado pelo ex-ministro da Saúde, José Gomes Temporão, como o melhor do país, sustenta-se nos eixos do controle do vetor, da assistência ao paciente e da comunicação e mobilização da sociedade. Ele vem sendo executado a partir de ações como a distribuição de 15 mil uniformes para os agentes de saúde e endemias, distribuição de larvicida biológico, renovação da Brigada Estadual de Combate à Dengue e disponibilização de 26 carros fumacê para controle do vetor ma fase adulta.

Nesta semana, o carro-fumacê está atuando em sete bairros de Aracaju e, na próxima semana, estará nos municípios de Tobias Barreto e Simão Dias, segundo informações da diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo. Ela lembra que o governo do Estado mantém ativa a força-tarefa contra a dengue, formada por 600 agentes de endemias contratados para reforçar as ações dos municípios.

"Cerca de 500 desses agentes de endemias contratados pelo Estado reforçam o trabalho rotineiro dos municípios, enquanto outros 100 agentes executam tarefas extra-rotina", explicou o infectologista e coordenador da Gerência de Doenças e Agravos Transmissíveis da SES, Marco Aurélio Góes, lembrando que os agentes contratados pelo Estado não substituem os agentes dos municípios, que têm a missão de identificar os focos do mosquito, eliminar os criadouros e educar a população quanto às formas de prevenção da dengue e de identificação dos casos suspeitos.

Sintomas da dengue

Uma epidemia tem o potencial de fazer crescer muito rapidamente o número de casos da doença, inclusive os mais graves. Mas, como observa Marco Aurélio Góes, a dengue existe o ano inteiro, de modo que é importante que a população adote as medidas de prevenção de forma permanente e esteja atenta aos sintomas da doença: febre alta e dores no corpo, de cabeça e nos olhos, podendo aparecer manchas na pele.

"Deve-se, principalmente, prestar atenção aos sinais de alarme que podem prenunciar um provável caso de dengue grave, que são: dor abdominal intensa, vômitos frequentes, sangramentos, diminuição da pressão arterial", informou Marco Aurélio, aconselhando que pacientes suspeitos de dengue devem ser encaminhados imediatamente para atendimento médico. Ainda segundo o infectologista, os sinais de alarme podem aparecer justamente quando a febre diminui. "É importante também que a população evite a automedicação e o uso de anti-inflamatórios em pacientes suspeitos", orientou.

 

Fonte: SES

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