quarta-feira, 21 de março de 2012

Em reunião com MPF, Chesf e UFS se comprometem com melhorias para o MAX


Em reunião com o Ministério Público Federal (MPF), a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) se comprometeram a realizar melhorias no Museu Arqueológico de Xingó (MAX). Desde agosto de 2011, o MPF vem acompanhando a situação do MAX e cobrando aos responsáveis solução para os diversos problemas detectados.

O representante da Chesf, Carlos Roberto Aguiar de Brito, informou que a companhia está disposta a patrocinar a reestruturação do MAX e implementação da reserva técnica, via Lei Rouanet. Ele informou ainda que está em andamento o processo de transferência da área do Museu para a UFS. A doação do terreno deve ser concluída no primeiro semestre deste ano.

A procuradora da República Lívia Nascimento Tinôco cobrou da Chesf também providências para a manutenção emergencial dos galpões que abrigam inadequadamente o acervo arqueológico do MAX. Embora a UFS administre o Museu, não pode executar tais reformas haja vista que o imóvel ainda pertence à Companhia. A Chesf, por sua vez, se comprometeu a realizar uma visita técnica ao MAX juntamente com a UFS no próximo dia 28 de março, a fim de avaliar quais medidas emergenciais deverão ser tomadas.

O diretor do MAX, Albérico Nogueira de Queiroz, informou ainda que encaminhou à Gerência de Recursos Humanos da UFS processo sobre a contratação de servidores para atender às demandas do Museu. Ele requereu também, à Prefeitura do Campus, um levantamento e elaboração do projeto de engenharia e arquitetura do MAX.

Segundo afirmou o representante da UFS, Luiz Marcos de Oliveira Silva, um processo licitatório para aquisição de material permanente e de consumo está em andamento e inclui as necessidades do Museu.

Histórico

O MAX foi criado pela Chesf para guardar o material oriundo do resgate arquelógico na área que viria a ser inundada pela represa de Xingó. Um relatório do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), órgão ligado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), feito em 2011 a pedido do MPF, apontou diversos problemas na estrutura do Museu e na guarda desse material.

Dentre os problemas mais graves está a maneira inadequada como o material tem sido armazenado, em local sem controle de umidade e temperatura. Ficou constatado que muitas peças estão diretamente expostas aos raios solares e a diversos outros fatores biodegradantes.

Fonte: MPF/SE

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