A falta de recursos humanos, manutenção e equipamentos necessários para o bom funcionamento do Museu de Arqueologia de Xingó-MAX tem deixado a deputada estadual Ana Lúcia (PT) preocupada. Foi divulgado pela mídia sergipana, no início de agosto, que o Museu fecharia suas portas por falta de condições de continuar funcionando. A deputada protocolou na assembleia Legislativa a Moção de Apelo 24/2011 ao Presidente da Petrobrás, Sr. Sérgio Gabrielli e ao Diretor Presidente da CHESF, Sr. Dilton da Conti Oliveira, para que renovem o patrocínio que viabiliza a manutenção do Museu de Arqueologia de Xingó-MAX; e à Secretária de Estado da Cultura, Sra. Eloísa Galdino, para abrir diálogo com vistas a construção de parceria necessária e urgente junto a Universidade Federal de Sergipe, através do Magnifico Reitor Professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, visando à soma de esforços para resolver o problema.
No documento que deve estar sendo enviado para a UFS, CHESF, SECULT e Petrobras, a deputada explica que a desativação do MAX também vai exercer um impacto negativo para a comunidade local. "Todo o trabalho realizado na região da escavação é realizado em conjunto com a comunidade local, que envolve o Município de Canindé do São Francisco, Paulo Afonso, Olho D'Água e Piranhas. É por esse viés que o projeto acumula grande importância social. No início, somente o pessoal dos desenhos eram alfabetizados. Com os demais foram empreendidos trabalhos educacionais, ensinando-os a escavar, a ler e escrever. Hoje muitos fazem supletivos e até mesmo concluem a graduação. Alguns chegaram a se especializar o bastante para integrar o grupo de pesquisa graças ao trabalho coletivo imprimido na região voltado ao tesouro arqueológico", explica a deputada no texto da Moção de Apelo.
SOBRE O MAX
O Museu do Xingó, como é popularmente conhecido, surgiu de uma descoberta arqueológica. Foi em 1985 quando, no Município de Canindé do São Francisco, foram identificados por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe quatro sítios de registros gráficos que indicavam a presença humana na área em período pré-histórico.
Tratava-se do Cemitério do Justino, com 188 esqueletos humanos, seus utensílios e pertences pessoais utilizados durante a vida. A pesquisa teve início na região que seria alagada pela represa da hidrelétrica de Xingó, e depois prosseguiu por todas as áreas não alagadas.
fonte:assessoria parlamentar
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