quarta-feira, 2 de março de 2011

SE usa exclusivamente a indicação política para escolher diretor de Escola

Uma pesquisa da Fundação Victor Civita que será divulgada nesta quarta (02) que quase metade das redes estaduais de ensino do Brasil utiliza a indicação política como um dos métodos para selecionar os diretores de suas escolas. É a segunda forma de seleção mais utilizada - a primeira é a eleição, diz reportagem do jornal Estado de S. Paulo.

A reportagem aponta que quatro Estados usam exclusivamente a indicação como método: Rondônia, Maranhão, Santa Catarina e Sergipe.

O estudo contou com a participação de 24 Estados. Para especialistas, essa forma de seleção pode prejudicar os alunos, já que não atende aos interesses da comunidade.

O estudo, intitulado Práticas de Seleção e Capacitação de Diretores Escolares Adotadas por Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, mostra que a maior parte das redes estaduais utiliza a indicação - chamada de "instâncias locais" - combinada com uma ou mais formas de escolha do gestor, como eleição ou outra modalidade técnica. É o caso de Pará, Paraíba, Amazonas, Espírito Santo, Tocantins e Rio.

O método ideal para selecionar um diretor, segundo educadores, deve combinar fatores que estejam atrelados à capacidade do profissional e às necessidades da escola, além de avaliações que acompanhem seu trabalho frente ao colégio.

"O papel do diretor mudou nos últimos 20 anos. Hoje, um diretor precisa entender não só de educação, mas de gestão de recursos humanos e financeiros, além de demonstrar liderança", afirma Mozart Ramos, do Movimento Todos Pela Educação.

Segundo Ilona Becskeházy, da Fundação Lemann, dados mostram que escolas com gestores estáveis que são submetidas a avaliações têm desempenho melhor. "É uma combinação de mecanismos que o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) demonstra", diz.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário