domingo, 7 de julho de 2013

Justiça condena o jornalista Cristian Góes

O jornalista José Cristian Góes foi condenado a sete meses e 16 dias de detenção em virtude de um processo movido pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe, Édson Ulisses Melo, após a publicação de um texto de autoria do jornalista, em que o magistrado entendeu ter sido dirigido a sua pessoa. A pena foi revertida prestação de serviço em alguma entidade assistencial.
De acordo com a nota dos Sindicato dos Jornalistas (Sindijor) enviada à imprensa, o desembargador e vice-presidente do Tribunal de Justiça, Edson Ulisses, alegou que se sentiu pessoalmente ofendido pela expressão “jagunço das leis” e pediu a prisão do jornalista por injúria. A nota afirma ainda que todo o processo foi  presidido pela juíza Brígida Declerc, do Juizado Especial Criminal em Aracaju, no entanto, a sentença foi assinada no último dia 4 de julho pelo juiz substituto Luiz Eduardo Araújo Portela.
“Esta é uma decisão em primeira instância. Vamos ingressar com os recursos. Em razão de ser uma sentença absurda, não acreditamos que ela prospere, mas se for o caso, vamos até o STF em razão da decisão ferir gravemente à Constituição Federal, e quem sabe, podemos ir até ao CNJ e as Cortes internacionais de Direitos Humanos”, informou Antônio Rodrigo, advogado de Cristian Góes.
Caso
O desembargador Edson Ulisses alegou que a crônica literária intitulada “Eu, o coronel em mim”, escrita pelo jornalista Cristian Góes em maio de 2012 em seu blog ataca diretamente o governador de Sergipe e a ele, por consequência.
Por isso, ingressou com duas ações judiciais. Na criminal, o desembargador pedia a prisão de quatro anos do jornalista. Na ação cível, solicita que o juiz estabeleça um valor de indenização por danos morais.

Numa audiência o desembargador afirma: “Todo mundo sabe que ele escreveu contra o governador e contra mim. Não tem nomes e nem precisa, mas todo mundo sabe que o texto ataca Déda e a mim”.
Com informações do Sindijor

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